quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Recém nascido em casa...outra vez!

10-11-16

Sarah é uma bênção.

Super calma, serena, tranquila. O Erich está amando a mana demais, é muito carinhoso... está me enchendo de orgulho. Eu olho pros dois e choro de amor.

Após as dificuldades iniciais (bico cortado, peito entupido, dor...) Sarah está mamando bem e já engordou 230g, está visivelmente mais gordinha.

Me sinto bem mais forte do que quando o Erich nasceu. Mais forte, mais segura e mais capaz. A experiência me fez mais segura de mim mesma, apesar de o puerpério ser um momento delicado, estou lidando muito bem com a situação. Ter um recém nascido em casa outra vez tem sido desafiador, principalmente porque são duas crianças para cuidar, uma delas até ontem filho único. Mas estamos nos saindo muito bem.

Mudando de alhos pra bugalhos, ontem fui me pesar; 60kg. Ou seja, os 8kg que adquiri na gravidez já se foram!!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

os primeiros dias da nova família



Passamos dois dias no hospital.

No primeiro dia algumas visitas, eu meio grog, não lembro muito de quem foi. Lembro de sentir dor. 

Na segunda noite, o Rodrigo ficou comigo. Foi uma ótima noite, ficamos com o quarto só pra nós (era semi privativo mas a outra família havia ido embora). Tivemos privacidade total, a Sarah chorava tão pouco, consegui dormir bastante. Ainda sentia dor, mas tentava não pensar nela, tinha uma bebê linda pra amamentar. O Erich tinha vindo no dia anterior, conheceu a mana, amou-a desde sempre, eu estava feliz demais.

No dia de ir para casa, chamei uma grande amiga para ficar comigo durante a manhã. É tão bom ter amigos nessas horas. Ela largou tudo e veio correndo, nunca vou esquecer disso. Me ajudou depois do banho, me penteou, cuidou da Sarah, cuidou de mim, me trouxe pra casa. Cuidou do erich pra eu dormir. 

Nessas horas lembro das mulheres que saem lindas do hospital!
Eu com muita dor ainda, vesti minha camisola e saí assim mesmo! Bem felizzzz

Chegar em casa foi um alívio... é tudo tão mais fácil em casa. Mas obviamente eu já sentia os primeiros problemas da amamentação; meus peitos estavam em carne viva. Sempre tive a ilusão de que os 4 anos de amamentação do Erich preparariam meus seios para qualquer futuro. Que nada. Teve tudo de novo; rachadura, empedramento, dor...

Mas em casa tudo fluiu melhor.

Essa amiga linda, Alessandra, cuidou de tudo para que eu me concentrasse na Sarah. E tudo foi dando certo. O seio empedrou, mas foi normalizando. A pega foi se acertando e as rachaduras desapareceram em poucos dias. Logo dava para ver que a Sarah pegava peso. Tudo tomava seu rumo.

A totalmente fora dos planos Cesárea

O Rodrigo não quis entrar comigo no bloco cirúrgico.
Respeitei. Embora quisesse ele comigo mais que tudo, respeitei. 

A Mauren entrou. Segurou minha mão, ficou o tempo todo do meu lado. Fotografou, pôs música calma pra eu ouvir. Foi a mão amiga que me apoiou o tempo todo.

Entrei no bloco com muitas contrações (parecia o parto do Erich de novo) e a equipe foi muito acolhedora, compreensiva, sempre esperando a contração passar para fazer os procedimentos. Quando tomei a anestesia, rapidamente as contrações pararam, e pude finalmente relaxar. Comecei a curtir o momento, entender que em poucos minutos conheceria minha filha... me sentia inundada de hormônios, percebi que as lágrimas caíam sem parar... mas era de alegria. Havia acabado a exaustão, o medo, a dor, tudo, só havia a certeza de que iria ver a minha bebê em minutos, e que havia escolhido uma equipe na qual eu confiava.

Quando ouvi o choro dela, o mundo parou.

Simplesmente não há palavras.

Nasceu às 8h30 do dia 1 de novembro, pesando 2,860 kg e medindo 46,5 cm. Uma bonequinha. Eu a vi rapidamente, mas sabia que estava bem, fiquei muito tranquila. A Mauren foi com o pediatra acompanhar os procedimentos. Eu procurei descansar.

Minha cirurgia demorou um pouco mais do que o previsto e eu lembro de escutar os médicos falando em hemorragia. Passei 6h na recuperação, sentindo muita dor, me davam morfina para aliviar, mas foi realmente muito difícil, senti muita dor mesmo, bem mais do que da primeira vez.

Essas 6h longe da Sarah me doeram muito, foi bem fora dos planos. Mas eu sabia que ela estava com minha família, então busquei me tranquilizar. 

No dia seguinte à cirurgia, finalmente conversei com a obstetra. Ela me disse que a Sarah estava com a cabeça defletida e por isso não descia. Que não tinha como ela nascer assim. 

Eu aceitei essa cesárea, diferente da primeira, para essa fui por escolha minha e depois soube que foi o melhor. Me senti sim de alma lavada, pois tive o melhor atendimento possível. Me senti bem, bem atendida, bem tratada, feliz mesmo. Foi tudo (quase) perfeito.


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Hospital (e reviravolta nos planos)

Um amigo nosso chegou para cuidar do Erich e saímos para o hospital. Eram 6h30 (mais ou menos, já tinha perdido a noção) quando saímos de carro, eu nem consegui sentar, fui ajoelhada no banco da frente até a Santa Casa (em média uns 5 minutos de distância mas me pareceu hoooras). Urrava, era muita dor, era visceral. Senti que deveria estar perto dos 8 cm de dilatação, pelo intervalo e duração das contrações.

Chegando na Santa Casa me deram uma cadeira de rodas, nem reclamei, sabia que em teoria eu deveria caminhar, mas já nem conseguia andar mesmo. O Rodrigo já havia telefonado para a Dra. Fernanda, então, na minha cabeça ela já estaria lá me esperando com a banqueta debaixo do braço. Mas não, ela nem tinha chegado e eu comecei a ficar nervosa, realmente tenho problemas sérios com hospital!

Pedi para ser avaliada pela plantonista; não podia; IMPLOREI pois queria muito saber em que estágio eu estava e além disso me preocupava com a pressão alta do dia anterior. Fui atendida pela dra. Scilla Lazarotto, uma médica muito querida. verificou a dilatação: 9 cm!!!!! 

Eu havia dilatado 9cm em casa, sozinha, sem nenhuma intervenção, exatamente como eu queria!

Nesse momento chegaram a doula e a obstetra. Eu lembro que tremia da cabeça aos pés, estava com dores fortíssimas e comecei a fraquejar. Cheguei a pedir anestesia, e a médica disse que nesse momento apenas atrapalharia o andamento do TP.

Fui encaminhada para o pré parto, sentei na bola, a doula me massageava. A massagem ajudava durante as contrações, ela e o Rodrigo se revezavam. A mauren (doula) massageava, me abraçava, me encorajava... eu sentia que meus ossos abriam, sentia uma dor inexplicável, sentia MEDO, pensava na minha mãe e na minha avó que pariram seus bebês, tentava arranjar forças na minha ancestralidade. Eu olhava para um relógio que tinha na parede e aquilo me desconcentrava.

Eu podia sentir a Sarah encaixando nos meus ossos.Doía, muito, tentava respirar, mas nada mais ajudava. O medo crescia, o cansaço me dominava, eu continuava implorando por analgesia. A minha valentia havia desaparecido, estar num hospital me deixou totalmente fora de mim, eu havia perdido o controle de tudo; da mente, do corpo, da respiração. Estava exausta.

Quase 2h depois de chegar no hospital, a médica pediu para fazer um toque. Ainda 9cm e bebê alto.

Os batimentos da Sarah estavam ótimos. A Fernanda sugeriu arrebentar a bolsa para tentar forçar a descida dela. Concordei, estava cansada. O líquido saiu transparente como devia ser, e aquela água morna aliviou a dor. Mas a bebê continuava muito alta. Encaixada mas não descia...

A Fernanda chegou a me oferecer o soro. Já havíamos falado sobre isso; tive soro no parto do Erich e só serviu pra me causar mais dor, pois acabou em cesárea. Eu não queria soro.

Foi nesse momento que entreguei os pontos.

A mauren tentava me convencer afinal, foi contratada pra isso. Sabia meu desejo de parir. Mas eu estava sem forças e morrendo de medo, eu tremia inteira, estava esgotada. Já deveria ter nascido, eu estava com dilatação completa e a bebê não descia um milímetro. Chamei o Rodrigo. Expliquei pra ele a situação. Chamei a médica e pedi a cesárea. Pedi a opinião dela. Ela concordou pois o TP havia parado de evoluir. Na verdade o bebê estava bem e se eu quisesse esperar poderia. Mas não queria mais, estava no meu limite. Voltou a me oferecer ocitocina como alternativa, mas recusei.

Fui bem consciente para o bloco cirúrgico, consciente de ter feito tudo o que eu podia e ter superado meus próprios limites - estava satisfeita com isso. Creio que todos temos um limite, e para mim havia chegado ao meu. Eu sonhei muito com o parto normal. MUITO. Mas algo me dizia que havia chegado a hora do plano B.




Madrugada de TP

1/11/2016

MADRUGADA!

E não é que a super Lua veio e trouxe a Sarah?!!
Última foto da barriga!!

Já em trabalho de parto(sorrindo ainda)

Como disse no post anterior, já estava com contrações desde o início da noite, mas não pareciam tão diferentes das que vinha sentindo nas últimas semanas, então não dei tanta importância - embora secretamente no íntimo do meu ser torcesse para que fosse a hora.

Deitei para dormir por volta de meia noite. Assisti uma série, peguei no sono normalmente, tudo bem tranquilo. às 03h30 fui acordada por contrações já bem mais incômodas, então comecei a monitorar com um app que tinha no meu celular. Vinham a cada dez minutos e duravam de 30 a 60 segundos. Comecei a me animar!!!

Enviei mensagem para a doula avisando que ainda não havia ritmo mas que ficasse esperta.

Como sou do tipo que sofre calada, decidi não acordar o Rodrigo ainda. 

Fiquei me movimentando, andava pelo apartamento, ficava na bola, respirava fundo do jeito que a doula havia orientado. Estava funcionando muito bem, as contrações vinham e passavam e eu passava por elas com uma certa tranquilidade.

De repente a dor apertou. Eram 5h. Abruptamente o intervalo caiu de 10 minutos para 3. Era o TP ativo.

Respirar já não estava ajudando muito. Acionei a doula, agora a sério. Ela disse que chegaria depois das 7h e eu ri - do jeito que estava até lá já teria parido!!! Fui para o chuveiro, respirando e vocalizando, numa tentativa de aliviar a dor que agora era bem forte. Com meus gemidos o Rodrigo acordou, eram 5h30. Lembro de olhar pra ele e dizer "acho que começou" e pedir que ele monitorasse os intervalos. Claro que ele ficou nervoso e não conseguiu monitorar nada, hahaha.

Devo ter entrado na partolândia, era o TP ativo sem sombra de dúvida. NADA mais aliviava a dor, deitei na bola e pedi massagem na lombar, vocalizei, respirei, me entreguei ao meu lado animal. Estava focada em fazer minha filha nascer, me concentrei no desejo de vê-la logo.

Quando vi que as contrações vinham a cada 2 minutos, pedi que o Rodrigo chamasse alguém para ficar com o Erich e decidi que havia chegado o momento de ir para o hospital. Nesse momento o Erich acordou (com meus gritos, né) e olhou para mim; apenas dissemos a ele que a maninha queria nascer e ele encarou tudo com naturalidade, voltou para a cama e ligou a TV.

Continua....

sexta-feira, 28 de julho de 2017

38 semanas

31 de outubro.

Acordei agitada, não sabia ao certo o motivo mas eu TINHA que sair de casa. Me programei para sair de tarde, estava um dia ensolarado e quente e eu precisava sair, caminhar, me sentir livre.

Aproveitando que tinha consulta as 19h, saí de tarde e fui até a escola matar a saudade das gurias. Passei uma tarde ótima, conversando, rindo, relaxando, me fez um bem! Quando saí de lá fui direto para a Santa Casa, para a consulta de rotina. Um calor de matar esse 31 de outubro.

Na consulta, ganhei um belo de um ultimato (eu que ODEIO ser pressionada); minha pressão estava alta (15x9). A médica pediu para controlar, no caso de seguir igual, indução no domingo. Só que já havíamos conversado sobre isso, eu fiquei tão traumatizada de parto induzido com ocitocina que NÃO QUERO outra vez. Então, na melhor das hipóteses, deveria torcer para a pressão normalizar ou o TP começar antes do prazo.

Já a dilatação foi notícia boa, estava em quase 4cm e o bebê - aleluia- começou a descer! Saí de lá cheia de esperança desse TP engrenar antes de domingo!!

Depois da consulta fui para casa, tinha combinado com um dos padrinhos da Sarah de montar o berço. Ele fez a montagem e eu arrumei tudo... senti que a hora estava chegando, cheguei a comentar com a Silvia, a madrinha. Eles ficaram comigo até meia-noite, e nesse tempo tive várias contrações com duração cada vez maior. Mas não fiz alarde, comecei a curtir cada contração que aproximava minha bebê de mim.

Conversei com a doula pelo celular e comentei que a super lua tinha passado e nada de bebê; ela me disse que até três dias depois ainda conta como efeito da lua, e eu óóó me animei ainda mais! Tá chegando!

"Tu vens, tu vens, eu já escuto teus sinais..."

Continua...

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Superlua

A super lua veio e o dia do meu palpite também. Continuo perdendo tampão e sentindo contrações médias, mas nada de engrenar.

Tô super ansiosa... ela tem mexido menos e tenho bastante contração à noite. Amanhã tenho consulta de 38 semanas. lembrando que o Erich nasceu com 37+6. Pode vir, Sarah!

Sigo fazendo os exercícios que a doula passou, agachamento, bola de pilates, respiração... estou me preparando para o grande momento, tão esperado. Ansiedade pegando agora.

Recém nascido em casa...outra vez!

10-11-16 Sarah é uma bênção. Super calma, serena, tranquila. O Erich está amando a mana demais, é muito carinhoso... está me enchend...